quinta-feira, 22 de setembro de 2011

a m origem da rosas vermelios


Conta-se que um andarilho era visto todos os dias no parque da cidade.
Sua vida se resumia a catar bitucas de cigarros e outros detritos que ali jogavam.
Ele não se importava em fazer isso e nem maldizia as pessoas que sujavam o parque.
Ninguém na cidade parecia notar que as azaléias estavam sempre podadas e, se por ventura, alguém viesse a notar, certamente daria o crédito ao poder público.
O vagabundo atinava tal possibilidade, porem, não se importava. Para ele o mais importante era manter aquele local sempre em ordem. Certo dia, uma viatura policial encostou bem ao lado dele. Um policial desceu e o abordou desferindo-lhe, sem aviso prévio, uma tremenda bofetada. A justificativa era de que o ( meliante? ) estava arrancando flores do canteiro.
Na verdade o vagabundo do parque estava apenas retirando ervas daninhas e algumas tampinhas de garrafas que impediam o desenvolvimento de algumas tulipas.
Os policiais foram embora, certamente satisfeitos com o desempenho que haviam demonstrado perante àquele inofensivo rapaz. O andarilho porem, tornou ao local onde estava. Sua preocupação era imensa com um galhozinho seco que mau se aprofundava na terra. Parecia nem se importar com o sangue que descia de seu nariz devido à agressão que sofrera; tudo o que ele queria era salvar aquele caulezinho que lutava para arrancar a seiva da terra. Algum tempo depois a luta havia terminado. O andarilho chora a morte daquela que poderia vir a ser uma bela roseira. Lágrimas e sangue regam aquele pequeno graveto que sequer chegou a exibir seus brotos. Alguns meses depois o andarilho já não era mais visto no parque. Pouquíssimas pessoas se ressentiram disso, porem, a grande maioria continuou indiferente. O parque estava bastante mudado. As flores abundavam os canteiros e as pessoas passeavam entre eles e, desta vez, não havia um mendigo ou qualquer outro desclassificado que lhes destoasse da bela visão que tinham do parque.
Certo dia eis que chegaram ao parque o prefeito e sua comitiva de políticos para a inauguração de um chafariz. O cerimonial foi perfeito incluindo no evento uma famosa dupla sertaneja. A primeira dama chamou a atenção pela riqueza de suas vestes.
Tudo isso, no entanto, não foi páreo para a estreante do dia. A atração maior estava do lado oposto ao evento, num pequeno canteiro a beira da calçada.
Um único galho, uma única folha e uma vestimenta celestial.
A rosa se mostrava por inteira num vermelho aveludado sendo a única ali capaz de ofuscar a vaidade humana.

domingo, 7 de agosto de 2011




A romã, cujo nome científico é Punica granatum, pertence à família das punicáceas. Nativa e domesticada no Irã (antiga Pérsia) por volta de 2000 A.C., esta fruta foi levada pelos fenícios para o Mediterrâneo de onde se difundiu para as Américas, chegando ao Brasil pelas mãos dos portugueses.

Na época das guerras Púnicas, os romanos trouxeram a fruta dos territórios de Cartago e chamaram-na Malum punicum. Portanto, julgaram-na erroneamente como sendo originária do norte da África.

As propriedades medicinais da romã são conhecidas desde a Antiguidade, sendo descritas no Papiro de Ebers1.

A literatura descreve a romã principalmente como um potente tenífugo, sendo suas propriedades anti-helmínticas assinaladas há séculos por Dioscorides e outros naturalistas da Antiguidade.

Romã

O chá feito com as folhas de romã é usado na medicina contra irritação nos olhos, e o chá produzido com as cascas dos frutos, para tratamento, na forma de gargarejo, de infecções de garganta. Esse mesmo chá é utilizado no combate às helmintoses.

Em diarréias e desinterias crônicas, o chá das cascas da raiz da romãzeira é freqüentemente usado em combinação com tintura de ópio2.

Romã vermelha e amarela

Dois tipos de romã podem ser encontrados no CEAGESP a vermelha e a amarela. Apesar de ambas serem originárias do Vale do São Francisco, a primeira é uma variedade canadense, enquanto que a segunda é nacional. Analisando-se visualmente a fruta, percebe-se na vermelha menor quantidade de sementes, casca mais fina e o mesocarpo (parte carnosa entre a casca e as sementes) maior. Já a amarela tem maior quantidade de sementes, apresenta casca mais grossa e mesocarpo mais fino. O formato dos lóculos (“bolsas”, onde estão armazenadas as sementes) também são diferentes, como podemos observar nas fotos. No sabor, parece não haver diferença. Quanto ao aspecto econômico, a variedade de cor vermelha custa cerca de 50 a 60% a mais do que a amarela, sendo destinada a um público de maior poder aquisitivo que freqüenta os grandes supermercados, quitandas especializadas, etc.

As cascas das raízes da romãzeira contém cerca de 0,6 a 0,7 % de alcalóides. Os mais importantes são a peletierina (1) e a pseudo-peletierina (2).

Esses alcalóides são os responsáveis pelas propriedades tenífugas da romã.

A peletierina é o componente responsável pela atividade das cascas das raízes da romazeira contra platelmintos3 .

O pericarpo da fruta, do qual isolou-se taninos elágicos, é dotado de atividade antimicrobiana contra Staphylococcus aureus, Clostridium perfinges e contra o vírus Herpes simplex II, responsável pela manifestação do herpes genital.

A comprovação destas atividades fornece validade ao uso popular do chá de romã no tratamento das infecções da boca e garganta.

As cascas do fruto são ricas em taninos elágicos e derivados de ácido gálico, flavonóides glicosilados, antocianinas, dentre outros compostos. Das sementes do fruto da romã foi isolado o ácido punícico (9-Z,11-Z,13-E- octadecatrienóico) (3).


Alguns constituintes encontrados nos frutos

No Oriente Médio, a romã é usada na culinária regional em pratos salgados, no preparo de almôndegas e peixes recheados e em saladas com berinjela. 100 gramas da fruta fornecem 62 kilocalorias, sendo altamente rica em fósforo. O fruto é consumido fresco e o suco feito com as sementes é utilizado na fabricação do xarope granadina, usado em condimentos e licores.

No Irã, a romã é hoje uma das frutas preferidas da população.

Símbolo do amor e da fertilidade por suas numerosas sementes, o culto à romã vem dos rituais pagãos da Antiguidade que continuaram a se propagar mesmo com o advento do cristianismo.

A romã é uma das sete frutas pelas quais a terra de Israel foi abençoada. Entre os judeus de origem ocidental existe o costume de colocar sementes da fruta embaixo do travesseiro na passagem do Ano Novo Judaico, comemorado em setembro. Faz-se isso para atrair sorte, saúde e dinheiro no próximo ano.

Na mitologia grega, Perséfone, filha de Demeter e deusa da terra e da colheita, foi levada para o inferno por Hades, deus das profundezas. Jurou não comer nada no cativeiro, mas não resistiu a uma romã.

Comeu seis sementes. Quando Hades afinal perdeu Perséfone para Demeter, teve a permissão de ficar com ela durante seis meses de cada ano, por causa das sementes. Esses seis meses se tornaram o inverno.

Na mitologia iraniana, o fruto desejado da árvore sagrada é a romã e não a maçã, como na religião cristã.

Segundo a crendice popular brasileira, a romã também traz sorte e prosperidade.

É por essa razão que as vendas dessa fruta aumentam muito a cada final de ano, principalmente no Nordeste. Muitos brasileiros também acreditam que terão um ano novo com sorte e dinheiro se colocarem sementes de romã nas suas carteiras de dinheiro ou em partes da casa.

Muitos, pelo mesmo motivo, comem as sementes da fruta no Natal e na passagem de ano.

De acordo com a Bíblia, no templo de Salomão, a circunferência do segundo capitel das colunas do pórtico era ornamentada com 200 romãs postas em 2 ordens.

O profeta Maomé afirmava “coma romã para se livrar da inveja e do ódio”.

Tanto as folhas como suas flores são encontradas nos sarcófagos dos antigos egípcios.

No Cântico dos Cânticos, poema dramático-idílico apócrifo, atribuído ao rei Salomão por uma velha tradição (mas ao que tudo indica composto no século IV A.C.), o amor humano é exaltado através de 2 personagens principais, o esposo e a esposa. Muitos, entretanto, vêm a figura de um simples pastor no lugar do esposo. Já as tradições judaica e cristã viram no cântico o símbolo do amor de Jeová por Israel e do povo eleito por seu deus.

Nesses cânticos, a beleza da face da amada é comparada ao fruto da romãzeira, cuja cor talvez represente o ideal de beleza daquela época.

É no bosque de romãs que a amada promete entregar-se ao seu amor.

Romã
Pormenor da tapeçaria IX da série de D. João de Castro (foto retirada da revista OCEANOS nº 13, março de 1993

Fonte: www.sbq.org.br

Romã

A romãzeira (Punica granatum), pertencente à família das Mirtáceas, é rara na Europa Central, mas cultiva-se em grande quantidade na Europa do Sul e no Norte de África. E uma das espécies cultivadas desde os mais antigos tempos e empregadas em usos domésticos. Nos textos do antigo Egito encontra-se mencionada sob o nome de «schedech-it» uma espécie de limonada que se obtinha da polpa da romã, um pouco ácida e refrescante.

No Pentateuco registra-se com freqüência como os hebreus, durante a sua peregrinação pelo deserto, dirigidos por Moisés, acharam falta das romãs e das uvas do Egito. No templo de Salomão foi usada a romã como motivo decorativo. Também é antigo o uso dietético e terapêutico da romã. Já Hipócrates (460-377 A.C) empregava o suco das romãs como estomacal nos enfermos e febricitantes.

0 cultivo da romã deve ter sido introduzido na Península ibérica pelos árabes, em 711. A cidade de Granada, fundada pelos mouros no século X, tirou o nome precisamente da romã (em espanhol «granada»), que também faz parte do seu brasão de armas.

Esta espécie é um arbusto ou árvore que chega até a oito metros de altura, com os troncos mais velhos fortemente retorcidos e requebrados.

Composição e Propriedades -- A romã fresca tem a seguinte composição, em percentagem: proteínas 0,9; sódio 70 mg; gorduras 4,5; potássio 50 mg; hidratos de carbono 16 g; cálcio 10 mg; vitamina B2, 100 g; água 75 g; magnésio 5 mg; vitamina C, 50 mg; calorias 110; manganês 1,3 mg; vitamina D, 0 U.I. e ferro 0,3 mg.

Ao passo que (como acontece em todos os frutos frescos) o conteúdo em princípios imediatos e em calorias é insignificante, é, pelo contrário, interessante o conteúdo em manganês (1,3% entre os minerais e em vitamina B2, (cem gamas por cento). A romã é um dos alimentos mais ricos em manganês.

0 manganês é um elemento fundamental para a vida e é necessário no organismo humano para a formação de diversos fermentos, pelo que o homem dele necessita de dois a três miligramas por dia.

A romã está indicada para todas as alterações do metabolismo dos fermentos, cujos sintomas ainda não foram descobertos nem compreendidos nos últimos anos. Esta fruta pode situar-se nas dietas juntamente com os alimentos mais ricos em manganês, como são a aveia, a cevada, o centeio, o arroz integral, o milho, o soja, as sementes verdes, o feijão, as ervilhas e as lentilhas.

0 seu conteúdo em vitamina B2 (lactoflavina ou riboflavina) é dos mais altos.

Quando a contribuição da vitamina B2, nas pessoas que estão a crescer desce abaixo de 0,6 mg diários, aparecem rapidamente os sintomas carenciais clínicos. É necessário então usar dieta rica nesta vitamina, na qual a romã pode desempenhar um papel importante.

No Sul da Europa, prepara-se com romãs um suco de cor avermelhada, agradavelmente ácido, assim como um xarope refrescante, chamado «granadina».

Emprego Como Adstringente e Tenífugo -- As flores da romãzeira podem ser usadas como infusões contra a diarréia e a leucorréia. A casca do fruto emprega-se como adstringente e antihelmíntico. A indústria obtém da casca uma substância corante, de amarelo-limão e vermelho-pardo, que se emprega para tingir tapetes orientais e outros curtumes (com um conteúdo até 28%) para trabalhar o couro.

0 invólucro da raiz e do tronco ainda hoje é utilizado nas farmacopéias alemã, austríaca e suíça como enérgico tenífugo de ação não só contra os vermes vulgares como também contra o temível Dibothriocephalus latus. Também se usa como adstringente e emenagogo em diversas formas, como pó, cocção e extrato de casca de romã. O extrato de romã entra nas chamadas pílulas índicas contra a disenteria.

A casca da romã contém como substâncias ativas, quatro alcalóides diferentes (derivado da piperidina), especialmente 0,4-1,0 % de peletierina, veneno espasmódico, que depois de se comportar como agente espasmódico, dá lugar a uma paralisia central generalizada. Os primeiros sintomas de uma intoxicação são dados por alterações visuais, vertigens e vômitos. A casca da romã contém considerável quantidade (20 a 28%) de glucósidos adstringentes, que com facilidade produzem prisão de ventre; também contém resinas, amido, ácido málico, oxalatos, um corante amarelo e de 3 a 20 por cento de minerais.

A casca da raiz, do tronco e dos ramos é muito ativa contra as tênias intestinais. Uma velha receita recomenda a preparação deste remédio, da seguinte maneira: 100 g de casca de romã cozida em 500 g de água, até reduzir para 150 g, adicionando-lhe, depois, 15 g de álcool. Este cozimento será administrado, por três vezes, com intervalos de meia hora. Como este remédio não é totalmente inócuo, não deve ser empregado senão por prescrição do médico.

Fonte: www.geocities.com

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A romã, cujo nome científico é Punica granatum, pertence à família das punicáceas. Nativa e domesticada no Irã (antiga Pérsia) por volta de 2000 A.C., esta fruta foi levada pelos fenícios para o Mediterrâneo de onde se difundiu para as Américas, chegando ao Brasil pelas mãos dos portugueses.

Na época das guerras Púnicas, os romanos trouxeram a fruta dos territórios de Cartago e chamaram-na Malum punicum. Portanto, julgaram-na erroneamente como sendo originária do norte da África.

As propriedades medicinais da romã são conhecidas desde a Antiguidade, sendo descritas no Papiro de Ebers1.

A literatura descreve a romã principalmente como um potente tenífugo, sendo suas propriedades anti-helmínticas assinaladas há séculos por Dioscorides e outros naturalistas da Antiguidade.

Romã

O chá feito com as folhas de romã é usado na medicina contra irritação nos olhos, e o chá produzido com as cascas dos frutos, para tratamento, na forma de gargarejo, de infecções de garganta. Esse mesmo chá é utilizado no combate às helmintoses.

Em diarréias e desinterias crônicas, o chá das cascas da raiz da romãzeira é freqüentemente usado em combinação com tintura de ópio2.

Romã vermelha e amarela

Dois tipos de romã podem ser encontrados no CEAGESP a vermelha e a amarela. Apesar de ambas serem originárias do Vale do São Francisco, a primeira é uma variedade canadense, enquanto que a segunda é nacional. Analisando-se visualmente a fruta, percebe-se na vermelha menor quantidade de sementes, casca mais fina e o mesocarpo (parte carnosa entre a casca e as sementes) maior. Já a amarela tem maior quantidade de sementes, apresenta casca mais grossa e mesocarpo mais fino. O formato dos lóculos (“bolsas”, onde estão armazenadas as sementes) também são diferentes, como podemos observar nas fotos. No sabor, parece não haver diferença. Quanto ao aspecto econômico, a variedade de cor vermelha custa cerca de 50 a 60% a mais do que a amarela, sendo destinada a um público de maior poder aquisitivo que freqüenta os grandes supermercados, quitandas especializadas, etc.

As cascas das raízes da romãzeira contém cerca de 0,6 a 0,7 % de alcalóides. Os mais importantes são a peletierina (1) e a pseudo-peletierina (2).

Esses alcalóides são os responsáveis pelas propriedades tenífugas da romã.

A peletierina é o componente responsável pela atividade das cascas das raízes da romazeira contra platelmintos3 .

O pericarpo da fruta, do qual isolou-se taninos elágicos, é dotado de atividade antimicrobiana contra Staphylococcus aureus, Clostridium perfinges e contra o vírus Herpes simplex II, responsável pela manifestação do herpes genital.

A comprovação destas atividades fornece validade ao uso popular do chá de romã no tratamento das infecções da boca e garganta.

As cascas do fruto são ricas em taninos elágicos e derivados de ácido gálico, flavonóides glicosilados, antocianinas, dentre outros compostos. Das sementes do fruto da romã foi isolado o ácido punícico (9-Z,11-Z,13-E- octadecatrienóico) (3).


Alguns constituintes encontrados nos frutos

No Oriente Médio, a romã é usada na culinária regional em pratos salgados, no preparo de almôndegas e peixes recheados e em saladas com berinjela. 100 gramas da fruta fornecem 62 kilocalorias, sendo altamente rica em fósforo. O fruto é consumido fresco e o suco feito com as sementes é utilizado na fabricação do xarope granadina, usado em condimentos e licores.

No Irã, a romã é hoje uma das frutas preferidas da população.

Símbolo do amor e da fertilidade por suas numerosas sementes, o culto à romã vem dos rituais pagãos da Antiguidade que continuaram a se propagar mesmo com o advento do cristianismo.

A romã é uma das sete frutas pelas quais a terra de Israel foi abençoada. Entre os judeus de origem ocidental existe o costume de colocar sementes da fruta embaixo do travesseiro na passagem do Ano Novo Judaico, comemorado em setembro. Faz-se isso para atrair sorte, saúde e dinheiro no próximo ano.

Na mitologia grega, Perséfone, filha de Demeter e deusa da terra e da colheita, foi levada para o inferno por Hades, deus das profundezas. Jurou não comer nada no cativeiro, mas não resistiu a uma romã.

Comeu seis sementes. Quando Hades afinal perdeu Perséfone para Demeter, teve a permissão de ficar com ela durante seis meses de cada ano, por causa das sementes. Esses seis meses se tornaram o inverno.

Na mitologia iraniana, o fruto desejado da árvore sagrada é a romã e não a maçã, como na religião cristã.

Segundo a crendice popular brasileira, a romã também traz sorte e prosperidade.

É por essa razão que as vendas dessa fruta aumentam muito a cada final de ano, principalmente no Nordeste. Muitos brasileiros também acreditam que terão um ano novo com sorte e dinheiro se colocarem sementes de romã nas suas carteiras de dinheiro ou em partes da casa.

Muitos, pelo mesmo motivo, comem as sementes da fruta no Natal e na passagem de ano.

De acordo com a Bíblia, no templo de Salomão, a circunferência do segundo capitel das colunas do pórtico era ornamentada com 200 romãs postas em 2 ordens.

O profeta Maomé afirmava “coma romã para se livrar da inveja e do ódio”.

Tanto as folhas como suas flores são encontradas nos sarcófagos dos antigos egípcios.

No Cântico dos Cânticos, poema dramático-idílico apócrifo, atribuído ao rei Salomão por uma velha tradição (mas ao que tudo indica composto no século IV A.C.), o amor humano é exaltado através de 2 personagens principais, o esposo e a esposa. Muitos, entretanto, vêm a figura de um simples pastor no lugar do esposo. Já as tradições judaica e cristã viram no cântico o símbolo do amor de Jeová por Israel e do povo eleito por seu deus.

Nesses cânticos, a beleza da face da amada é comparada ao fruto da romãzeira, cuja cor talvez represente o ideal de beleza daquela época.

É no bosque de romãs que a amada promete entregar-se ao seu amor.

Romã
Pormenor da tapeçaria IX da série de D. João de Castro (foto retirada da revista OCEANOS nº 13, março de 1993

Fonte: www.sbq.org.br

Romã

A romãzeira (Punica granatum), pertencente à família das Mirtáceas, é rara na Europa Central, mas cultiva-se em grande quantidade na Europa do Sul e no Norte de África. E uma das espécies cultivadas desde os mais antigos tempos e empregadas em usos domésticos. Nos textos do antigo Egito encontra-se mencionada sob o nome de «schedech-it» uma espécie de limonada que se obtinha da polpa da romã, um pouco ácida e refrescante.

No Pentateuco registra-se com freqüência como os hebreus, durante a sua peregrinação pelo deserto, dirigidos por Moisés, acharam falta das romãs e das uvas do Egito. No templo de Salomão foi usada a romã como motivo decorativo. Também é antigo o uso dietético e terapêutico da romã. Já Hipócrates (460-377 A.C) empregava o suco das romãs como estomacal nos enfermos e febricitantes.

0 cultivo da romã deve ter sido introduzido na Península ibérica pelos árabes, em 711. A cidade de Granada, fundada pelos mouros no século X, tirou o nome precisamente da romã (em espanhol «granada»), que também faz parte do seu brasão de armas.

Esta espécie é um arbusto ou árvore que chega até a oito metros de altura, com os troncos mais velhos fortemente retorcidos e requebrados.

Composição e Propriedades -- A romã fresca tem a seguinte composição, em percentagem: proteínas 0,9; sódio 70 mg; gorduras 4,5; potássio 50 mg; hidratos de carbono 16 g; cálcio 10 mg; vitamina B2, 100 g; água 75 g; magnésio 5 mg; vitamina C, 50 mg; calorias 110; manganês 1,3 mg; vitamina D, 0 U.I. e ferro 0,3 mg.

Ao passo que (como acontece em todos os frutos frescos) o conteúdo em princípios imediatos e em calorias é insignificante, é, pelo contrário, interessante o conteúdo em manganês (1,3% entre os minerais e em vitamina B2, (cem gamas por cento). A romã é um dos alimentos mais ricos em manganês.

0 manganês é um elemento fundamental para a vida e é necessário no organismo humano para a formação de diversos fermentos, pelo que o homem dele necessita de dois a três miligramas por dia.

A romã está indicada para todas as alterações do metabolismo dos fermentos, cujos sintomas ainda não foram descobertos nem compreendidos nos últimos anos. Esta fruta pode situar-se nas dietas juntamente com os alimentos mais ricos em manganês, como são a aveia, a cevada, o centeio, o arroz integral, o milho, o soja, as sementes verdes, o feijão, as ervilhas e as lentilhas.

0 seu conteúdo em vitamina B2 (lactoflavina ou riboflavina) é dos mais altos.

Quando a contribuição da vitamina B2, nas pessoas que estão a crescer desce abaixo de 0,6 mg diários, aparecem rapidamente os sintomas carenciais clínicos. É necessário então usar dieta rica nesta vitamina, na qual a romã pode desempenhar um papel importante.

No Sul da Europa, prepara-se com romãs um suco de cor avermelhada, agradavelmente ácido, assim como um xarope refrescante, chamado «granadina».

Emprego Como Adstringente e Tenífugo -- As flores da romãzeira podem ser usadas como infusões contra a diarréia e a leucorréia. A casca do fruto emprega-se como adstringente e antihelmíntico. A indústria obtém da casca uma substância corante, de amarelo-limão e vermelho-pardo, que se emprega para tingir tapetes orientais e outros curtumes (com um conteúdo até 28%) para trabalhar o couro.

0 invólucro da raiz e do tronco ainda hoje é utilizado nas farmacopéias alemã, austríaca e suíça como enérgico tenífugo de ação não só contra os vermes vulgares como também contra o temível Dibothriocephalus latus. Também se usa como adstringente e emenagogo em diversas formas, como pó, cocção e extrato de casca de romã. O extrato de romã entra nas chamadas pílulas índicas contra a disenteria.

A casca da romã contém como substâncias ativas, quatro alcalóides diferentes (derivado da piperidina), especialmente 0,4-1,0 % de peletierina, veneno espasmódico, que depois de se comportar como agente espasmódico, dá lugar a uma paralisia central generalizada. Os primeiros sintomas de uma intoxicação são dados por alterações visuais, vertigens e vômitos. A casca da romã contém considerável quantidade (20 a 28%) de glucósidos adstringentes, que com facilidade produzem prisão de ventre; também contém resinas, amido, ácido málico, oxalatos, um corante amarelo e de 3 a 20 por cento de minerais.

A casca da raiz, do tronco e dos ramos é muito ativa contra as tênias intestinais. Uma velha receita recomenda a preparação deste remédio, da seguinte maneira: 100 g de casca de romã cozida em 500 g de água, até reduzir para 150 g, adicionando-lhe, depois, 15 g de álcool. Este cozimento será administrado, por três vezes, com intervalos de meia hora. Como este remédio não é totalmente inócuo, não deve ser empregado senão por prescrição do médico.

Fonte: www.geocities.com

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domingo, 10 de julho de 2011


os EUA, há um ditado que diz: "Uma maçã por dia mantém o médico longe". Não é à toa, pois a fruta evita o envelhecimento, protege o corpo de doenças e ainda limpa a boca. Agora, há uma novidade ainda mais impressionante. Cientistas americanos da Universidade da Pensilvânia descobriram que a maçã elimina gordura!


Xô, quilos extras!


O estudo provou que comer uma maçã 15 minutos antes de cada refeição faz com que se consuma até 200 calorias a menos. "É ainda rica em pectina, substância que ajuda a controlar o colesterol, como se ela raspasse a gordura para fora do corpo", diz a nutricionista Vivian Goldberger, do Emagrecentro, que elaborou um cardápio para você perder 2 kg sem sofrer em apenas sete dia

Por que funciona?

Duas palavrinhas são mágicas para acelerar o processo de emagrecimento: fibras e pectina. E a maçã é rica em ambas as substâncias!

- As fibras da fruta preenchem o estômago e dão uma sensação de saciedade. Assim, perde-se a fome e demoramos mais para comer novamente.

- A pectina colabora para uma digestão mais lenta, o que mantém a fome longe por mais de quatro horas. Além disso, ela reduz a absorção de açúcar, o que diminui a quantidade de gordura que o corpo consegue estocar.

- Juntando a ação das fibras e da pectina você terá a fome reduzida, consumirá menos calorias e ainda perderá gordura!


Sem agrotóxicos nas delícias


O melhor mesmo é comprar maçãs orgânicas. Mas como custam mais caro, compre as tradicionais e tome alguns cuidados para livrá-las dos agrotóxicos. Deixe-as de molho por até meia hora em um vasilhame com uma solução de 1 colher (sopa) de pó de bicabornato de sódio em 1 litro de água. Depois, lave-as em água corrente. O truque funciona porque o ph mais ácido do bicarbonato elimina os produtos químicos dos alimentos.


Como escolher e conservar


Qualquer que seja o tipo de maçã, ela deve ser lisa e firme, livre de manchas marrons, rugas e furos. Em casa, as maçãs podem ser conservadas na geladeira, embaladas num saco plástico, que preserva o perfume da fruta. Dessa forma, duram até duas semanas. Em temperatura ambiente e protegidas dos raios solares, devem ser consumidas em, no máximo, cinco dias.

No mundo todo, existem mais de dois mil
tipos de maçã para consumo
Foto: Dreamstime

Café da manhã

- 1 maçã logo ao acordar
- 1 fatia (grande) de mamão formosa picada em cubos e salpicada com 1 colher (sopa) de farelo de aveia
- 1 copo (100 ml) de suco de laranja (sem coar e sem adoçar)

Lanche da manhã

- 1 copo de iogurte natural desnatado ou diet de frutas

Almoço

- 1 maçã (15 minutos antes da refeição)
- 1 prato (raso) de salada de folhas verdes temperada a gosto
- 2 colheres (sopa) de arroz
- 1 concha (pequena) de feijão
- 2 colheres (sopa) de picadinho de carne com legumes

Lanche da tarde

os EUA, há um ditado que diz: "Uma maçã por dia mantém o médico longe". Não é à toa, pois a fruta evita o envelhecimento, protege o corpo de doenças e ainda limpa a boca. Agora, há uma novidade ainda mais impressionante. Cientistas americanos da Universidade da Pensilvânia descobriram que a maçã elimina gordura!


Xô, quilos extras!


O estudo provou que comer uma maçã 15 minutos antes de cada refeição faz com que se consuma até 200 calorias a menos. "É ainda rica em pectina, substância que ajuda a controlar o colesterol, como se ela raspasse a gordura para fora do corpo", diz a nutricionista Vivian Goldberger, do Emagrecentro, que elaborou um cardápio para você perder 2 kg sem sofrer em apenas sete dia

Por que funciona?

Duas palavrinhas são mágicas para acelerar o processo de emagrecimento: fibras e pectina. E a maçã é rica em ambas as substâncias!

- As fibras da fruta preenchem o estômago e dão uma sensação de saciedade. Assim, perde-se a fome e demoramos mais para comer novamente.

- A pectina colabora para uma digestão mais lenta, o que mantém a fome longe por mais de quatro horas. Além disso, ela reduz a absorção de açúcar, o que diminui a quantidade de gordura que o corpo consegue estocar.

- Juntando a ação das fibras e da pectina você terá a fome reduzida, consumirá menos calorias e ainda perderá gordura!


Sem agrotóxicos nas delícias


O melhor mesmo é comprar maçãs orgânicas. Mas como custam mais caro, compre as tradicionais e tome alguns cuidados para livrá-las dos agrotóxicos. Deixe-as de molho por até meia hora em um vasilhame com uma solução de 1 colher (sopa) de pó de bicabornato de sódio em 1 litro de água. Depois, lave-as em água corrente. O truque funciona porque o ph mais ácido do bicarbonato elimina os produtos químicos dos alimentos.


Como escolher e conservar


Qualquer que seja o tipo de maçã, ela deve ser lisa e firme, livre de manchas marrons, rugas e furos. Em casa, as maçãs podem ser conservadas na geladeira, embaladas num saco plástico, que preserva o perfume da fruta. Dessa forma, duram até duas semanas. Em temperatura ambiente e protegidas dos raios solares, devem ser consumidas em, no máximo, cinco dias.

No mundo todo, existem mais de dois mil
tipos de maçã para consumo
Foto: Dreamstime

Café da manhã

- 1 maçã logo ao acordar
- 1 fatia (grande) de mamão formosa picada em cubos e salpicada com 1 colher (sopa) de farelo de aveia
- 1 copo (100 ml) de suco de laranja (sem coar e sem adoçar)

Lanche da manhã

- 1 copo de iogurte natural desnatado ou diet de frutas

Almoço

- 1 maçã (15 minutos antes da refeição)
- 1 prato (raso) de salada de folhas verdes temperada a gosto
- 2 colheres (sopa) de arroz
- 1 concha (pequena) de feijão
- 2 colheres (sopa) de picadinho de carne com legumes

Lanche da tarde

quarta-feira, 6 de julho de 2011


Vegetal rico em nutrientes

A beterraba é uma raiz tuberosa rica em açúcar, proteínas, vitamina A, B1, B2, B5, C, potássio, sódio, fósforo, cálcio, zinco, ferro e manganês. Além de se sobressair por ser o vegetal mais doce, destaca-se pela sua riqueza em ferro. Sua poderosa vitamina C é potencializada por sua ação antioxidante (alguns pesquisadores dizem que a vitamina C da beterraba só é metabolizada pelo organismo quando consumimos o vegetal cru).

Dentre os benefícios que traz ao organismo, é possível destacar: o combate à anemia, à perda excessiva de líquidos, problemas no baço e fígado, prisão de ventre e outros. Pode ser consumida crua ou cozida, sob a forma de sucos, saladas, bolos, refogados e em omeletes.

Ao comprar beterraba, certifique-se de que a coloração se encontra concentrada e atente-se para o tamanho. Beterrabas médias e pequenas são as ideais. A casca deve estar lisa e as folhas brilha

couve-flor



Como ler uma caixa taxonómica





couve-flor é uma hortaliça do tipo inflorescência (conjunto de flores) que pertence à espécie Brassica oleracea (couves), assim como o repolho, os brócolos, o romanesco, etc., cuja textura delicada e tenra exige cuidado e atenção na sua preparação. Pertence ao grupo Botrytis.

Sob ponto de vista nutricional é importante, pois é rica nos minerais cálcio e fósforo, contém quantidades apreciáveis de vitamina C, livre de gorduras e colesterol e com teores baixos de sódio e calorias. É, por isso, indicada para quem segue uma dieta saudável.

Índice

[esconder]

[editar] História

Originária da Ásia Menor, foi levada para a Europa no começo do século XVI.

Hoje o seu cultivo é fácil pois adapta-se bem a qualquer tipo de solo, com pequenas correções.

[editar] Valor nutricional

Couve-flor.

Estes valores, foram obtidos através de pesquisas em laboratórios e estudos biológicos da hortaliça, porem servem únicamente como parâmetros de estudo a uma eventual dieta, sob acompanhamento médico.

[editar] Cuidados

Algumas observações úteis para garantir um alimento mais fresco e apropriado ao consumo:

Couve-flor roxa.
  • Ao comprar, escolha cabeças compactas fechadas de cor branca ou creme, sem manchas escuras, pois ao contrário demonstram estarem queimadas ou com fungos.
  • Se estiver envolvida pelas folhas, estas devem estar verdes e sem sinais de estarem murchas.
  • Quando passada do ponto, ou se estiver fora do tempo, a cabeça fica dividida, murcha e com pontos escuros.
  • Por ser sensível ao manuseio, escolha as cabeças com cuidado, pois as partes danificadas escurecem e apodrecem mais rapidamente.
  • Compre-a por último, evitando assim que ela seja amassada por outros produtos no fundo do carrinho.
  • Pode ser encontrada na forma minimamente processada, já limpa, picada e embalada. Quando nesta forma, deve obrigatoriamente estar em gôndola refrigerada, para adequada conservação e conforme a legislação do país, deve conter a data e prazo de validade, bem como informes quanto sua origem. .
  • Evite comprar este tipo de produto quando ele estiver com líquido no fundo da embalagem
  • Por estragar-se rapidamente, compre somente a quantidade necessária ao consumo para utilização imediata, pode ser conservada na geladeira por 3 a 5 dias sem grande perda de qualidade, dentro de saco de plástico perfurado.
  • Antes de guardar, remova as partes escuras e folhas, mas não lave a cabeça.
  • Quando guardada já picada, sua durabilidade é ainda menor.
  • Para congelar, retire o caule mais grosso e as folhas, pique em florzinhas menores e deixe 30 minutos de molho em água e sal (1/4 xícara de sal para 1 litro de água). Em seguida, escorra, cozinhe em água fervente por quatro minutos, escorra novamente e coloque em água gelada até esfriar. Depois seque bem e envolva em saquinho plástico do qual se retirou todo o ar com uma bombinha de vácuo.

[editar] Dicas

Plantação de couves-flores.
O Commons possui uma categoria com multimídias sobre Couve-flor
  • Por ser de fácil digestão seu consumo é indicado para pessoas de todas as idades. Muitas pessoas não apreciam esta hortaliça por não saberem prepará-la. No entanto, constitui uma saborosa iguaria quando bem feita.
  • O seu preparo básico, consiste na remoção das folhas e das partes muito grossas e duras do caule, seguida pelo cozimento da couve-flor picada ou inteira.
  • Para uniformizar o cozimento da couve-flor inteira faça um corte em forma de cruz nas partes mais grossas. Cuidado para não cozinhar demais, espere a água ferver para depois colocar a couve-flor, e mantenha-a ao fogo somente pelo tempo necessário para deixá-la macia, mas consistente, por cerca de 5 a 10 minutos se picada, ou 15 a 20 minutos se inteira.
  • Para pratos em que a couve-flor seja assada ou frita, cozinhe-a previamente por cerca de 8 minutos em água e sal e em seguida, coloque em uma vasilha com água fria para esfriar. Em seguida, prepare-a de acordo com a indicação da receita.
  • Para descongelar a couve-flor, coloque-a em água fervente com sal.
  • Para deixar a couve-flor branquinha após a cozedura, coloque um pouco de leite, uma rodela de limão ou sumo de limão na água da cozedura, bicarbonato tem o mesmo efeito.
  • Uma cabeça média de couve-flor pesa cerca de 750g e rende três a quatro porções.
  • Para impedir que a couve-flor provoque gases intestinais, cozinhe-a no vapor (nota: não está realmente comprovado que a cozedura a vapor tenha este efeito).
  • Temperos que combinam com a couve-flor: cebolinha-verde, páprica, cravo-da-índia, noz-moscada, endro, alecrim, tomilho, alho, cebola, azeite.
  • Uma receita de couve-flor consiste na cozedura simultânea de batata e couve-flor com alho e um pouco de azeite. Deixa-se cozer até a couve estar macia e mistura-se ligeiramente, derretendo um pouco de manteiga na mistura quente. Tempera-se a gosto e serve-se quent

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A salsa é uma das ervas mais conhecidas na culinária, entra no preparo dos mais variados pratos e costuma fazer dupla com outra planta muito conhecida - a cebolinha -, compondo o famoso “cheiro verde”. Mas saiba que nem sempre ela foi assim bem-vinda.

Graças à suavidade de seu aroma e sabor, a salsa (Petroselinum sativum, Petroselium crispum) é um daqueles temperos aceitos até por quem não é fã de ervas aromáticas na culinária. Tanto as folhas como os talos da salsa são usados para realçar o sabor de peixes, frutos do mar, carnes vermelhas, aves, legumes, ovos, sopas, molhos, massas, enfim, em quase todos os tipos de pratos salgados. Só que nem sempre e planta foi assim popular. Na Idade Média, por exemplo, acreditava-se que a erva estava ligada às forças do mal. Algumas crenças que cercavam o cultivo e uso da salsa são bem interessantes. Uma delas explica que as sementes da planta demoram a germinar porque precisam antes de tudo “ir até ao diabo e voltar sete vezes”, antes de começar a crescer. Outra crença está relacionada ao suposto “poder maléfico” da erva: suas raízes e folhas podiam ser usadas em rituais de magia para destruição de um inimigo.
Por outro lado, a mitologia greco-romana resgata os valores positivos da salsa: conta-se que Hércules (Heracles), ao vencer o leão da Numídia, foi coroado com folhas de salsa, como um tributo à fama e alegria. Para relembrar o feito, nos “jogos numídios” passou-se a premiar os vencedores com esta erva.
Para os antigos egípcios, a salsa era um santo remédio para a dor de estômago e distúrbios urinários. Já os romanos - que adoravam regar seus banquetes com litros de vinhos - acreditavam que a salsa evitava intoxicação e a usavam para desodorizar o ar repleto de álcool.

Crespa ou lisa, ela é de fácil cultivo
A planta também é conhecida popularmente como salsinha, salsa-de-cheiro ou salsa-das-hortas. São duas as espécies mais usadas: a salsa lisa e a salsa crespa. Planta da família das Umbelíferas, deve ser plantada em solos profundos e ricos em matéria orgânica, de preferência ricos em nitrogênio e fósforo. Propaga-se por meio de sementes ou divisão de touceiras. A semeadura é feita diretamente no local definitivo, se possível na primavera, pois a planta é sensível ao frio rigoroso.
Apesar da facilidade de cultivo, é preciso observar alguns cuidados básicos: as sementes apresentam desenvolvimento bastante lento e nas primeiras cinco ou seis semanas iniciais de germinação, é preciso regar todos os dias para evitar ressecamento. Além disso, a salsa deve ser cultivada sob sol pleno em regiões de clima frio e à meia-sombra em locais mais quentes. Quanto à adubação, recomenda-se o uso de torta de mamona, seguindo as instruções da embalagem.
O plantio pode ser feito tanto em canteiros, como em vasos ou jardineiras, mas o fundamental é garantir à salsa boas condições de luminosidade e evitar excesso de regas, caso contrário ela não se desenvolve bem.

Medicinal e cosmética
Em função do seu óleo essencial, onde se destacam substâncias como o apiol e a miristicina, qualquer parte da planta tem efeitos medicinais - desde as sementes e raízes até as folhas aromáticas da salsa. Ela é considerada estimulante e diurética, boa fonte de vitaminas A e C e auxiliar na digestão. Em forma de emplastro, é aplicada para aliviar dores e irritações em picadas de insetos. A infusão feita a partir das folhas da salsa tem sido divulgada como auxiliar em regimes de emagrecimento, mas é preciso alertar que o seu uso pode reduzir a produção do leite materno.
É na cosmética caseira que a erva tem se destacado muito: boa para pele e cabelos, a infusão de salsa ajuda a combater poros abertos, olhos inchados, clarear sardas e tratar acne juvenil. Para prepará-la, coloque 1 colher (chá) da planta em 1 xícara e despeje água fervente por cima. Abafe com uma tampa e deixe descansar por 10 minutos antes de usar.

A salsa também entra como ingrediente de receitas naturais fáceis de preparar. Como estas criadas pela herborista Maly Caran:

Máscara de salsa para combater rugas e rejuvenescer a pele:

Triture a salsa (cerca de 1 copo bem cheio) com um pilão e faça um chá bem forte da erva. Deixe descansar por 30 minutos, coe e misture com 500 ml de mel puro, até obter uma pasta grossa. Aplique sobre o rosto limpo e deixe a máscara agir por cerca de 30 minutos. Enxágüe e aplique a seguir um creme hidratante, se necessário.


Creme nutritivo para o cabelo
Coloque no liquidificador 1 colher (sopa) de cada um dos seguintes ingredientes:
lecitina de soja, óleo de rícino, glicerina, vinagre de maçã e salsa. Bata para misturar tudo. Lave bem os cabelos e, a seguir, aplique o creme. Deixe atuar por pelo menos 30 minutos e depois enxágüe bem, até retirar tudo.